terça-feira, 13 de setembro de 2011

As Origens da Genética



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1. PRIMEIRAS IDÉIAS SOBRE HERANÇA BIOLÓGICA
Genética é o ramo da biologia que estuda a transferência das características físicas e biológicas de geração para geração. Muitas cientistas acreditam que a explicação para inúmeros problemas genéticos se encontra nos genes.
Alcmeon de Crotona (500 a.C.) acreditava que homens e mulheres tinham sêmen e que este se originava no cérebro.
Empédocles de Acragas (492-432 a.C.) afirmava que o calor do útero era decisivo na determinação do sexo dos bebês.
Anaxágoras de Clazomene (500-428 a.C.) postulava que o sêmen ocorria apenas no homem e continha um protótipo de cada órgão do futuro ser.
A PANGÊNESE DE HIPÓCRATES
Hipócrates de Cos (460-370 a.C.), o “pai” da Medicina, formulou uma hipótese denominada pangênese. Segundo ela, cada órgão do corpo de um organismo vivo produzia partículas hereditárias chamadas gêmulas, que eram transmitidas aos descendentes no momento da concepção.
IDÉIAS DE ARISTÓTELES SOBRE HEREDITARIEDADE
O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) escreveu o livro “De generatione animalium”. Ele distinguiu quatro tipos de geração: a) abiogênese; b) brotamento; c) reprodução sexuada sem cópula; d) reprodução sexuada com cópula.


2. AS BASES DA HEREDITARIEDADE
O médico inglês William Harvey (1578-1657) propôs que todo animal se origina de um ovo, em latim, ex ovo omni.
Já o botânico inglês Nehemia Grew (1641-1711) que sugeriu ser o grão de pólen o elemento masculino na reprodução das plantas com flores, apoiado pelo botânico alemão Rudolf Jakob Camerarius (1665-1721) em seu livro “De sexu plantarum epistola”.
A TEORIA DA PRÉ-FORMAÇÃO
Afirmava que havia um ser pré-formado no ovo; o desenvolvimento consistia apenas no crescimento.
Entre os defensores do pré-formismo existia os “ovistas” e os “espermistas”.
A TEORIA DA EPIGÊNESE
Propõe que a nutrição e o crescimento das plantas dependem de uma força essencial, por ele denominada vis essentialis, que tem o poder de formar novos órgãos a partir de material amorfo.
A DESCOBERTA DOS ESPERMATOZÓDES
Em 1667, o microscopista holandês Antonie van Leeuwenhoek descobriu que o sêmen expelido pelos machos contém enorme quantidade de criaturas microscópicas, os espermatozóides.
Já em 1784, o padre e cientista italiano Lazzaro Spallanzani, um ovista, concluiu, equivocadamente, que os espermatozóides não participavam da fertilização.
Somente em 1841 que o anatomista e fisiologista suíço Rudolf Albert von Kölliker (1817-1905), ao estudar a estrutura microscópica dos testículos, demonstrou que o espermatozóide são células modificadas. Pouco tempo depois, o naturalista inglês George Newport (1803-1854) obteve evidências que os espermatozóides de rã entram no óvulo durante a fecundação.
A DESCOBERTA DO ÓVULO
O médico holandês Regnier de Graaf (1641-1673) relacionou os inchaços observados nos ovários de fêmeas de mamíferos com a formação de elementos reprodutivos. Em 1828, o naturalista alemão Karl Ernest von Baer (1792-1876) descobriu o óvulo, mas somente em 1861 que o anatomista alemão Karl Gegenbaur (1826-1903) demonstrou que o óvulo dos animais vertebrados é uma única célula.
GAMETAS E FECUNDAÇÃO
Após a demonstração definitiva de que espermatozóide e óvulos animais são células consolidou-se a idéia de que um novo ser surge sempre a partir da união de gametas.
Somente na segunda metade do século XIX que se afirmou a idéia de que, a formação de um novo ser envolve a fusão de apenas duas células, processo fecundação ou fertilização.


3. DESCOBERTAS DOS CROMOSSOMOS E DAS DIVISÕES CELULARES
Os cientistas franceses Henri Dutrochet (1776-1847) e François Raspail (1794-1878) e os alemães Mathias Jakob Scheiden (1804-1881), Theodor Schwann (1810-1882) e Rudolf Virchow (1821-1902), ente outros, chegaram a conclusão de que a célula é o constituinte fundamental dos seres vivos e a sede dos processos vitais. Em 1855, Rudolf Virchow resumiu na frase em latim “omnis cellula ex cellula”.
Em 1873, Friedrich Anton Schneider (1831-1890) publicou uma das primeiras descrições das complexas alterações nucleares que ocorreram durante a divisão da célula, hoje chamada mitose.
Em 1882, o anatomista alemão Walther Flemming (1843-1905) descreveu o comportamento dos filamentos nucleares no decorrer da divisão de uma célula. O alemão Heinrich Wilhelm Gottfried Waldeyer (1836-1921), em 1888, chamou esses filamentos de cromossomos.


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Postagem: Taís Tavares

6 comentários:

  1. As primeiras hipóteses sobre a hereditariedade foram feitas em 410 a. C. por Hipócrates. Ele dizia que cada parte do corpo liberava uma pequena partícula chamada Gêmula para o sêmen, o que seria responsável pela formação do embrião. Essa teoria começou a sofrer críticas devido à características que eram herdadas dos avós, e não dos pais, de determinadas pessoas.
    Depois disso, com o microscópio ainda pouco desenvolvido, descobriu-se a existência do espermatozóide e acreditou-se que ele continha um pequeno ser já desenvolvido em seu interior. Outros acreditavam que o ser estava presente no óvulo, e não no espermatozóide. Essa teoria foi desmentida com o avanço dos microscópios.
    Houve também, até o séc. XIX, a crença de que as características hereditárias passavam para os filhos através do sangue., daí o uso de expressões como cavalo puro-sangue, casamento consangüíneo, etc.
    Em 1865, Gregor Mendel concluiu que as características eram determinadas por um par de fatores hereditários. Seus trabalhos não tiveram o devido reconhecimento até o início do séc. XX, quando foram publicados e se tornaram a base da Genética.

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  2. O estudo da genética é muito recente. Mas, apesar de tão recente já podemos ver os avanços científicos nessa área. A engenharia genética, a pesquisa com células tronco, o projeto genoma, todos são resultado desse estudo, e quem sabe um dia a cura de doenças que hoje são incuráveis e outros feitos.

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  3. A palavra genética foi criada pelo biologista inglês Willian Bateson (1861 - 1926), para definir o ramo das ciências biológicas que estuda e procura explicar os fenômenos relacionados a hereditariedade. A genética na realidade só surgiu a partir de 1900, com a descoberta dos trabalhos de um botânico austríaco chamado Gregor Johann Mendel (22/06/1822 - 06/01/1884), considerado o Pai da Genética.
    Mendel vivia em um mosteiro na Cidade de Brunn na Áustria (hoje, Brno - Thecoslovaquia), onde por volta de 1865-66, apresentou seus trabalhos sobre cruzamentos com ervilhas. Mendel iniciou seus trabalhos com 34 diferentes variedades de ervilhas, dentre as quais selecionou as que mais convinham a seus experimentos.Ele escolheu ervilha porque são plantas da família das leguminosas, que apresentam frutos em forma de vagens, facilidade de cultivo; facilmente identificadas; alto índice de fertilidade e ciclo de vida curto, que permite obter várias gerações em pouco tempo .

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  4. "Ramo da biologia que estuda a hereditariedade, ou seja, investiga as razões de semelhanças e diferenças que se manifestam nos organismos relacionados entre si por descendência. Suas bases assentam-se nas experiências do botânico Gregor Johann Mendel (1822-1884)".
    Para você aprender Genética, é fundamental o conhecimento des alguns conceitos básicos, que estão abaixo relacionados.

    Termos e expressões usados em genética

    1. Genes
    - Elementos nucleares constituídos por DNA, responsáveis pela determinação e transmissão dos caracteres hereditários.

    2. Genes alelos ou alelomorfos
    - Genes que interagem determinando um caráter hereditário formam par e se situam em locais correspondentes nos cromossomos homólogos.

    3. Cromossomos homólogos
    - São aqueles que nas células somáticas formam um par. Possuem o mesmo tamanho, têm a mesma forma e encerram genes para o mesmo caráter.

    4. Fator
    - É o mesmo que gene.

    5. Locus (plural = loci)
    - Local certo de cada gene no cromossomo.

    6. Homozigoto ou puro
    - Indivíduo que possui genes alelos iguais para determinado fenótipo.

    7. Heterozigoto ou híbrido
    - Indivíduo que possui genes alelos diferentes para um mesmo caráter.

    8. Genótipo
    - Conjunto de genes responsáveis por um caráter hereditário. É a constituição genética de um indivíduo. O genótipo é representado por letras. Para isso, convencionou-se:
    a) A letra que designa a manifestação dominante deve ser a mesma que designa a manifestação recessiva.
    b) Distinguimos a manifestação dominante por uma letra maiúscula; a recessiva , por letra minúscula.

    9. Fenótipo
    - Caráter que se manifesta por efeito do genótipo. Resulta da interação do genótipo com o meio ambiente.

    Fenótipo = genótipo + o meio
    Essa influência externa, levando à manifestação de um fenótipo que não ocorre exatamente ao que se poderia esperar em função do genótipo, recebe o nome de peristase.

    10. Dominância e recessividade
    - Gene dominante: É aquele que manifesta seu caráter hereditário mesmo na ausência de seu alelo dominante, ou seja, determina seu caráter mesmo em dose simples.
    - Gene recessivo: É aquele que só manifesta seu caráter hereditário, na ausência do seu alelo dominante, ou seja, só manifesta seu caráter hereditário em dose dupla.

    11. Nomenclatura dos pares de genes
    AA = dominante homozigoto (puro)
    Aa = dominante heterozigoto (híbrido)
    aa = recessivo homozigoto (puro)

    12. Mutações gênicas
    Os genes alelos não são necessariamente idênticos. Assim, o gene A não é idêntico ao gene a. Isso de deve a pequenas alterações no locus.

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  5. Alcmeon de Crotona (500 a.C.) acreditava que homens e mulheres tinham sêmen e que este se originava no cérebro. Isso quer dizer que ele fazia menino com a cabeça virada pra baixo.kkkkkk
    A genética sendo a ciência que estuda, digamos que, a hereditariedade. A genética é de muita importância para que através da análise de exames e estudos, em cima de históricos familiares, venhamos descobrir as causas de doenças, que por um viés ou outro estejam nos atormentando, por exemplo: o câncer. Caso haja algum caso dessa doença em sua família há uma probabilidade maior de que você possa adquirir futuramente a mesma. Então querendo ou não a genética ela está presente em nossa vida, por exemplo: quando por um motivo ou outro vamos ao médico tratar uma doença ou fazer um check-up.
    Nayara Thays 3ºC manhã

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