terça-feira, 13 de setembro de 2011

Lei da Segregação Genética





















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O monge e cientista austríaco Gregor Mendel e suas descobertas, feitas por meio de experimentos com ervilhas, realizadas no próprio mosteiro onde vivia, foram extremamente importantes para que hoje conhecêssemos os genes e alguns dos mecanismos da hereditariedade. Suas experiências foram, também, muito significantes para a compreensão de algumas lacunas da Teoria da Evolução, proposta tempos antes.
O sucesso de seus experimentos consiste em um conjunto de fatores. Um deles foi a própria escolha do objeto de estudo: a ervilha Psim sativum: planta de fácil cultivo e ciclo de vida curto, com flores hermafroditas e que reproduzem por autofecundação, além de suas características contrastantes, sem intermediários: amarelas ou verdes; lisas ou rugosas; altas ou baixas; flores púrpuras ou brancas, dentre outras.
Além disso, o monge selecionou e fez a análise criteriosa, em separado, para cada par das sete características que identificou; considerou um número apreciável de indivíduos de várias gerações; e, para iniciar seus primeiros cruzamentos, teve o cuidado de escolher exemplares puros, observando-as por seis gerações resultantes da autofecundação, para confirmar se realmente só dariam origem a indivíduos semelhantes a ele e entre si.
Executando a fecundação cruzada da parte masculina de uma planta de semente amarela com a feminina de uma verde (geração parental, ou P), observou que os descendentes, que chamou de geração F1, eram somente de sementes amarelas. Autofecundando esses exemplares, a F2 se apresentou na proporção de 3 sementes amarelas para 1 verde (3:1).
Com esses dados, Mendel considerou as sementes verdes como recessivas e as amarelas, dominantes. Fazendo o mesmo tipo de análise para as outras características dessa planta, concluiu que, em todos os casos, havia a mesma proporção de 3:1.
Com esse experimento, deduziu que:
• As características hereditárias são determinadas por fatores herdados dos pais e das mães na mesma proporção;
• Tais fatores se separam na formação dos gametas;
• Indivíduos de linhagens puras possuem todos seus gametas iguais, ao passo que híbridos produzirão dois tipos distintos, também na mesma proporção.
Assim, a Primeira Lei de Mendel pode ser enunciada desta forma:
Cada caráter é determinado por um par de fatores genéticos denominados alelos. Estes, na formação dos gametas, são separados e, desta forma, pai e mãe transmitem apenas um para seu descendente.
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Postagem: Taís Tavares

As Origens da Genética



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1. PRIMEIRAS IDÉIAS SOBRE HERANÇA BIOLÓGICA
Genética é o ramo da biologia que estuda a transferência das características físicas e biológicas de geração para geração. Muitas cientistas acreditam que a explicação para inúmeros problemas genéticos se encontra nos genes.
Alcmeon de Crotona (500 a.C.) acreditava que homens e mulheres tinham sêmen e que este se originava no cérebro.
Empédocles de Acragas (492-432 a.C.) afirmava que o calor do útero era decisivo na determinação do sexo dos bebês.
Anaxágoras de Clazomene (500-428 a.C.) postulava que o sêmen ocorria apenas no homem e continha um protótipo de cada órgão do futuro ser.
A PANGÊNESE DE HIPÓCRATES
Hipócrates de Cos (460-370 a.C.), o “pai” da Medicina, formulou uma hipótese denominada pangênese. Segundo ela, cada órgão do corpo de um organismo vivo produzia partículas hereditárias chamadas gêmulas, que eram transmitidas aos descendentes no momento da concepção.
IDÉIAS DE ARISTÓTELES SOBRE HEREDITARIEDADE
O filósofo grego Aristóteles (384-322 a.C.) escreveu o livro “De generatione animalium”. Ele distinguiu quatro tipos de geração: a) abiogênese; b) brotamento; c) reprodução sexuada sem cópula; d) reprodução sexuada com cópula.


2. AS BASES DA HEREDITARIEDADE
O médico inglês William Harvey (1578-1657) propôs que todo animal se origina de um ovo, em latim, ex ovo omni.
Já o botânico inglês Nehemia Grew (1641-1711) que sugeriu ser o grão de pólen o elemento masculino na reprodução das plantas com flores, apoiado pelo botânico alemão Rudolf Jakob Camerarius (1665-1721) em seu livro “De sexu plantarum epistola”.
A TEORIA DA PRÉ-FORMAÇÃO
Afirmava que havia um ser pré-formado no ovo; o desenvolvimento consistia apenas no crescimento.
Entre os defensores do pré-formismo existia os “ovistas” e os “espermistas”.
A TEORIA DA EPIGÊNESE
Propõe que a nutrição e o crescimento das plantas dependem de uma força essencial, por ele denominada vis essentialis, que tem o poder de formar novos órgãos a partir de material amorfo.
A DESCOBERTA DOS ESPERMATOZÓDES
Em 1667, o microscopista holandês Antonie van Leeuwenhoek descobriu que o sêmen expelido pelos machos contém enorme quantidade de criaturas microscópicas, os espermatozóides.
Já em 1784, o padre e cientista italiano Lazzaro Spallanzani, um ovista, concluiu, equivocadamente, que os espermatozóides não participavam da fertilização.
Somente em 1841 que o anatomista e fisiologista suíço Rudolf Albert von Kölliker (1817-1905), ao estudar a estrutura microscópica dos testículos, demonstrou que o espermatozóide são células modificadas. Pouco tempo depois, o naturalista inglês George Newport (1803-1854) obteve evidências que os espermatozóides de rã entram no óvulo durante a fecundação.
A DESCOBERTA DO ÓVULO
O médico holandês Regnier de Graaf (1641-1673) relacionou os inchaços observados nos ovários de fêmeas de mamíferos com a formação de elementos reprodutivos. Em 1828, o naturalista alemão Karl Ernest von Baer (1792-1876) descobriu o óvulo, mas somente em 1861 que o anatomista alemão Karl Gegenbaur (1826-1903) demonstrou que o óvulo dos animais vertebrados é uma única célula.
GAMETAS E FECUNDAÇÃO
Após a demonstração definitiva de que espermatozóide e óvulos animais são células consolidou-se a idéia de que um novo ser surge sempre a partir da união de gametas.
Somente na segunda metade do século XIX que se afirmou a idéia de que, a formação de um novo ser envolve a fusão de apenas duas células, processo fecundação ou fertilização.


3. DESCOBERTAS DOS CROMOSSOMOS E DAS DIVISÕES CELULARES
Os cientistas franceses Henri Dutrochet (1776-1847) e François Raspail (1794-1878) e os alemães Mathias Jakob Scheiden (1804-1881), Theodor Schwann (1810-1882) e Rudolf Virchow (1821-1902), ente outros, chegaram a conclusão de que a célula é o constituinte fundamental dos seres vivos e a sede dos processos vitais. Em 1855, Rudolf Virchow resumiu na frase em latim “omnis cellula ex cellula”.
Em 1873, Friedrich Anton Schneider (1831-1890) publicou uma das primeiras descrições das complexas alterações nucleares que ocorreram durante a divisão da célula, hoje chamada mitose.
Em 1882, o anatomista alemão Walther Flemming (1843-1905) descreveu o comportamento dos filamentos nucleares no decorrer da divisão de uma célula. O alemão Heinrich Wilhelm Gottfried Waldeyer (1836-1921), em 1888, chamou esses filamentos de cromossomos.


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Postagem: Taís Tavares

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sucessão Ecológica e Biomas



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As sucessões ecológicas podem ser caracterizadas a partir do potencial de adaptação de comunidades pioneiras em ambientes anteriormente inabitados, ou pela substituição destas por outras, com melhor tendência ao equilíbrio, estabelecendo comunidade clímax de acordo com os fatores abióticos: temperatura, umidade, insolação, pluviosidade e outros, perdurando por várias décadas, alguns séculos ou milhares de anos.
Normalmente, as espécies colonizadoras são as gramíneas ou demais plantas de pequeno porte, com esporos ou sementes transportados pelos ventos, se instalando em locais inóspitos, suportando as adversidades climáticas (solo pouco estável, escassez de água e calor intenso), abrindo caminho para a povoação de outros organismos.
Dessa forma, entende-se por sucessão primária, aquela que ocorre em regiões estéreis (sem vida), por exemplo, terrenos cobertos pelo extravasamento e escoamento de lava, rochas expostas por recuo de geleiras, ilhas vulcânicas ou dunas de areias.
E secundária nos locais já habitados cujo equilíbrio foi rompido devido alterações ambientais drásticas, causadas ou não pelo ser humano.
Essa condição configura o cenário observado em plantações abandonadas, matas destruídas por incêndios e lagos que secaram, sendo a vegetação parcialmente ou completamente destruída.
Bioma é uma unidade biológica ou espaço geográfico caracterizado de acordo com o macroclima, a fitofisionomia (aspecto da vegetação de um lugar), o solo e a altitude específicos. Alguns, também são caracterizados de acordo com a presença ou não de fogo natural.
A palavra bioma (de bios=vida e oma=grupo ou massa) foi usada pela primeira vez com o significado acima por Clements (ecologista norte-americano) em 1916. Segundo ele a definição para bioma seria, “comunidade de plantas e animais, geralmente de uma mesma formação, comunidade biótica”.
Em geral, são citados 11 tipos de biomas diferentes que costumam variar de acordo com a faixa climática. Por exemplo, o bioma de floresta tropical no Brasil é semelhante a um bioma de floresta tropical na África devido a ambos os locais se situarem na mesma faixa climática. Isso significa que as fitofisionomia, o clima, o solo e a altitude dos dois locais é semelhante, muito embora possam existir espécies em um local que não existem no outro.
Os biomas são: florestas tropicais úmidas, tundras, desertos árticos, florestas pluviais, subtropicais ou temperadas,bioma mediterrâneo, prados tropicais ou savanas, florestas temperadas de coníferas, desertos quentes, prados temperados, florestas tropicais secas e desertos frios. Existem ainda, os sistemas mistos que combinam características de dois ou mais biomas.
Os biomas podem, ainda, ser divididos em biomas aquáticos do qual fazem parte a plataforma continental, recifes de coral, zonas oceânicas, praias e dunas; e biomas terrestres. Os biomas terrestres são constituídos por basicamente três grupos de seres: os produtores (vegetais), os consumidores (animais) e os decompositores (fungos, bactérias).
É comum a confusão do termo bioma com o termo biota. Porém, biota designa a parte viva de um ecossistema. Não considerando, portanto, características como o clima que fazem parte de uma classificação mais abrangente (bioma).
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Postagem: Taís Tavares

Relações Ecológicas entre Seres Vivos



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As relações ecológicas ocorrem dentro da mesma população (isto é, entre indivíduos da mesma espécie), ou entre populações diferentes (entre indivíduos de espécies diferentes). Essas relações estabelecem-se na busca por alimento, água, espaço, abrigo, luz ou parceiros para reprodução.
Relações intra-específicas são as que se estabelecem entre indivíduos de mesma espécie, enquanto relações interespecíficas são as que se estabelecem entre indivíduos de espécies diferentes.
As relações intra-específicas harmônicas são:
01. Colônias – São associações harmônicas entre indivíduos da mesma espécie que necessitam anatomicamente desta relação, com o prejuízo de morte sobre a separação da colônia. Em uma colônia nem sempre existe a divisão específica de trabalho, todos desempenhando apenas funções vitais para o grupo. Neste caso, as colônias são chamadas de isomorfas. No caso das colônias que possuem indivíduos com funções específicas e mesmo formas distintas, estas são chamadas de heteromorfas.
Isto é o que acontece com as colônias de celenterados nas quais existe uma parte da colônia que é responsável apenas pela alimentação: os gastrozóides e aqueles que são responsáveis apenas pela reprodução os gonozóides.
Exemplo: colônias de esponjas, colônias de celenterados.
02. Sociedade – As sociedades são associações entre indivíduos de mesma espécie em que existem funções cooperativas muito bem definidas, e o grupo com seus componentes pode se separar a qualquer momento e compor um novo grupo diferente do que o originou.
As sociedades também podem ser isomorfas ou heteromorfas. Quando isomorfas, todos os indivíduos podem desempenhar qualquer papel, não havendo uma distribuição de trabalho muito bem definida. São também chamadas sociedades irregulares. A sociedade isomorfa desaparece se qualquer um dos fatores que geraram a aproximação dos indivíduos do grupo desaparecer. Exemplos desse tipo de sociedade são: a espécie humana, os cardumes de peixes, alcatéias de lobos, as manadas de herbívoros. As sociedades heteromorfas ou regulares são compostas por indivíduos com diferenças morfológicas e divisão de trabalho bem específica. Não é difícil perceber em sociedades assim a divisão em castas, como é o caso das abelhas formigas.
As relações intra-específicas desarmônicas são:
03. Canibalismo – É uma interação desarmônica entre indivíduos de mesma espécie na qual um dos indivíduos mata e devora outro de sua espécie. É manifestação comum entre alguns tipos de aranhas e escorpiões que após o ato sexual matam o macho. Fêmeas de louva-a-deus também devoram seus machos. Nos animais superiores, esse tipo de comportamento é raro sendo que na espécie humana apenas em casos de extrema fome ou ritual pode haver esse tipo de comportamento. Em alguns casos, o canibalismo, por ser um fator de controle populacional, mantém o tamanho definido de uma população dentro do ecossistema, sendo encarado como um tipo de competição.
04. Competição intra-específica – A competição entre específica, como o nome já diz, ocorre entre seres de mesma espécie e pode delinear uma população, principalmente em seu tamanho. Quando um ambiente não permite a migração de indivíduos e o alimento começa a diminuir, naturalmente os mais velhos e os menos aptos serão prejudicados e vão acabar morrendo por falta de alimento.
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Postagem: Taís Tavares

Dinâmica das Populações Biológicas





População biológica é o conjunto de indivíduos pertencentes a mesma espécie. A população humana, por exemplo, cresce atualmente em ritmo acelerado e defronta-se com intricados problemas de sobrevivência, o que tem sido motivo de preocupação de sobrevivência. O estudo estatístico do tamanho e da estrutura relativa à idade e ao sexo dos indivíduos das populações, assim como das variações desses parâmetros dentro delas, é chamado de demografia.
Densidade populacional é o numero médio de indivíduos divididos pela área em que ocupam, ou seja, o numero de pessoas por espaço habitado.
Densidade = Número de indivíduos / unidade de espaço
Para entender o comportamento das populações de um ecossistema, é necessário fazer o estudo do crescimento populacional. Quando se faz a medição do tamanho da população de tempos em tempos, pode-se ter uma idéia se ela está aumentando ou diminuindo, podendo correlacionar com outros fatores como clima, alimento, etc.
A taxa de crescimento de uma população é a variação do número de indivíduos num determinado espaço de tempo.
Quando levamos em conta apenas a variação do número de indivíduos em um determinado período, estamos falando de taxa de crescimento absoluto, que é calculada da seguinte forma:
Taxa de crescimento absoluto = (Nf – Ni) / t
Onde:
Ni = número de indivíduos no início do período considerado
Nf = número de indivíduos no final do período considerado
t = duração do período considerado.
A variação do número indivíduos de uma população em relação ao seu número inicial é chamada de taxa de crescimento relativo, e é calculada da seguinte forma:
Taxa de crescimento relativo = ((Nf – Ni) / Ni) / t
Se estivermos utilizando o cálculo entre duas espécies, podemos saber qual está crescendo mais rápido que a outra.
Taxa de natalidade: é o número de crianças nascidas, no período de um ano, para cada 1.000 indivíduos na população.
Taxa de mortalidade: é o número de óbitos, no período de um ano, para cada 1.000 indivíduos na população.
Ambas as taxas determinam o crescimento de uma população. Esse crescimento também pode ser afetado pela emigração e pela imigração.
O índice de fertilidade é o número médio de descendentes gerados por uma fêmea em seu período reprodutivo, esse tipo de informação é muito útil em certas populações para indicar aumento ou diminuição da tendência ao crescimento populacional.
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Postagem: Taís Tavares

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Energia e Matéria nos Ecossistemas


Os principais produtores da Terra são os organismos fotossintetizantes.
A energia luminosa do Sol é fixada pelo autótrofo e transmitida, sob a forma de energia química, aos demais seres vivos. Essa energia, no entanto, diminui á medida que passa pelos consumidores, pois parte dela é utilizada para a realização dos processos vitais do organismo e a outra é liberada sob a forma de calor. Sempre restará, portanto, uma parcela menos de energia disponível para o nível seguinte. Como na transferência de energia entre os seres vivos não há reaproveitamento da energia liberada, diz-se que essa transferência é unidirecional e se dá como um fluxo de energia. A matéria, no entanto, pode ser reciclada; por isso, fala-se em ciclo da matéria ou ciclo biogeoquímico.
Pirâmides de Energia-

Pirâmides são formas de demonstrar através de gráficos a hierarquia de cadeias.
Biomassa
Corresponde a matéria orgânica de cada nível trófico (sua pirâmide é igual a de energia já que a energia está na biomassa, assim quanto maior a biomassa, maior a energia).
Energia
Corresponde a energia contida na biomassa de cada nível trófico, assim cada parte da pirâmide terá indicada a energia de um nível trófico.
Números
A largura dos níveis representam o número de representantes de cada espécie naquela cadeia alimentar; é a mais variada.

Ciclos Biogeoquímicos-

Com a morte dos organismos ou perda de partes de seu corpo, a matéria orgânica é degradada, e os átomos que a constituíam retornam ao ambiente, onde poderão ser incorporados por outros seres vivos. Uma vez que os átomos dos diversos elementos químicos que faziam parte de seres vivos voltam ao ambiente não vivo, fala-se em ciclos biogeoquímicos, para se ressaltar o fato de que os elementos químicos circulam entre os seres vivos (biosfera) e o planeta (atmosfera, hidrosfera e litosfera).
Se não houvesse esse reaproveitamento dos componentes da matéria dos cadáveres, átomos de alguns dos elementos químicos fundamentais para a constituição de novos seres vivos poderiam se esgotar.O processo de reciclagem na natureza é realizado principalmente por certos fungos e bactérias decompositores. 

Ciclo da Água -


O ciclo da água é importante porque essa substância está associada aos processos metabólicos de todos os seres vivos. O ciclo da água pode ser considerado sob dois aspectos: o pequeno ciclo, ou ciclo curto, e o grande ciclo, ou ciclo longo.
O pequeno ciclo da água é aquele em que a água dos oceanos, lagos, rios, geleiras e mesmo a embebida no solo evapora, passando à forma gasosa. Nas camadas mais altas da atmosfera, o vapor d'água condensa-se e origina nuvens, a partir das quais retorna à crosta terrestre na forma de chuva. O ciclo das chuvas contribuiu no passado e ainda contribui para tornar o clima da Terra favorável à vida.
O grande ciclo da água é aquele do qual participam os seres vivos. A água além de ser solvente e reagente de inúmeras reações químicas intracelulares, é uma das matérias primas da fotossíntese. Os seres vivos também perdem, continuamente água por transpiração, na respiração, na urina e nas fezes. Parte da água que as plantas e os animais absorvem é utilizada na síntese de outras substâncias, ficando incorporada nos tecidos animais e vegetais até sua morte, quando é devolvida ao ambiente pela ação dos decompositores.

Ciclo do Carbono- 

Consiste na passagem de átomos de carbono (C) presentes nas moléculas de gás carbônico (CO2) disponíveis no ecossistema para moléculas que constituem as substâncias orgânicas dos seres vivos (proteínas, glicídios, lipídios etc.), e vice-versa.
O carbono captado na fotossíntese vai passando de um nível trófico para outro e, ao mesmo tempo, retornando aos poucos à atmosfera, como resultado da respiração dos próprios organismos e da ação dos decompositores, que atuam em todos os níveis tróficos.
A queima de combustíveis fósseis, como o carvão mineral, o gás natural e o petróleo liberam carbono,na forma de CO2 à atmosfera. Devido à queima desses combustíveis, a concentração de gás carbônico na atmosfera aumentou, nos últimos 100 anos. De acordo com muitos cientistas esse aumento está provocando a elevação da temperatura média da Terra, em decorrência do aumento do efeito estufa.
Ciclo do Nitrogênio -


O ciclo do nitrogênio consiste na passagem de átomos de nitrogênio de substâncias inorgânicas do meio físico para moléculas orgânicas constituintes dos seres vivos, e vice-versa. Átomos de nitrogênio fazem parte de diversas substâncias orgânicas, sendo as mais importantes as proteínas e os ácidos nucléicos.
O maior reservatório de nitrogênio do planeta é a atmosfera (79% do vol. do ar atmosférico). A grande maioria dos seres vivos, não consegue utilizar nitrogênio na forma molecular (N2) e, por isso, depende das bactérias fixadoras de nitrogênio, capazes de utilizar diretamente o N2.
Fixação do nitrogênio e nitrificação
Algumas plantas conseguem aproveitar diretamente a amônia (NH3), mas o composto nitrogenado mais empregado pelos vegetais é o nitrato (NO3). O processo de formação de nitratos no solo é denominado nitrificação, e sua ocorrência dá-se pela ação de dois grupos de bactérias quiossintetizantes, as bactérias nitrificantes.
O primeiro grupo (Nitrossomonas) oxidam a amônia (essa substância combina com moléculas de gás oxigênio) produzindo o nitrito (NO2). O nitrito é tóxico e raramente se acumula no solo por muito tempo, pois é imediatamente oxidado por bactérias do gênero Nitrobacter, que se transformam em nitratos. O nitrogênio que compõe o nitrato passa a fazer parte de moléculas orgânicas vegetais. Quando as plantas são comidas por herbívoros, as substâncias orgânicas nitrogenadas são utilizadas para a constituição das moléculas animais. O mesmo ocorre nos níveis tróficos superiores das cadeias alimentares.
A ação de decompositores em excretas, liberadas pelos seres vivos, e plantas e animais mortos garante o retorno ao solo, na forma de amônia, do nitrogênio constituinte das moléculas orgânicas e pode passar novamente por processos de nitrificação.
Desnitrificação
Enquanto uma parte dos compostos nitrogenados presentes no solo sofre nitrificação, outra sofre desnitrificação, processo realizado por bactérias do solo, denominadas genericamente bactérias desnitrificantes. Estas, para obter energia, degradam compostos nitrogenados liberando gás nitrogênio (N2), que retorna à atmosfera.

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Postagem: Taís Tavares

Fundamentos da Ecologia


Ecologia -
 A palavra Ecologia deriva de duas palavras gregas: oikós = casa e logos = estudo. Podemos dizer que, literalmente, Ecologia significa o estudo da casa. Considerando, entretanto, o termo casa, como todo o ambiente terrestre, a palavra Ecologia passa a se referir ao estudo do ambiente.
Mas, para termos uma definição histórica: “Pela palavra ecologia, queremos designar o conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza - a investigação de todas as relações entre o animal e seu ambiente orgânico e inorgânico, incluindo suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que tenham com ele contato direto ou indireto, - numa palavra, ecologia é o estudo das complexas inter-relações, chamadas por Darwin de condições da luta pela vida”. Foi assim que Ernest Haeckel, em 1870, definiu ecologia.
Ecologia é um conceito que a maioria das pessoas já possui intuitivamente, ou seja, sabemos que nenhum organismo, sendo ele uma bactéria, um fungo, uma alga, uma árvore, um verme, um inseto, uma ave ou o próprio homem, pode existir autonomamente sem interagir com outros ou mesmo com ambiente físico no qual ele se encontra. Ao estudo dessas inter-relações entre organismos e o seu meio físico chama-se Ecologia.


Biosfera - 


Os seres vivos encontram-se disseminados pelas três partes fundamentais da Terra: a atmosfera; a litosfera, integrada pela crosta terrestre e pelo manto que a recobre; e a hidrosfera, conjunto das águas superficiais do planeta.
A biosfera, portanto, compreende as porções de terra, mar e águas continentais habitadas pelos seres vivos. Não coincide com a atmosfera, a litosfera ou a hidrosfera isoladamente, pois abrange as três.


Populações, Comunidades e Biótopos -


A biosfera é formada por milhões de espécies de seres vivos. As diferentes espécies distribuem-se em grupos de indivíduos, chamados populações biológicas. Uma população é um conjunto de seres de mesma espécie que vive em determinada área geográfica.
O conjunto de populações de diferentes espécies que vivem em uma mesma região constitui uma comunidade biológica, também chamada de biota, ou biocenose. O termo "biocenose" (do grego bios, vida, e koinos, comum,público) foi criado em 1877 pelo zoólogo alemão Karl August Möbius (1825~1908) para ressaltar a relação de vida em comum dos seres que habitam determinado local. A comunidade de uma floresta por exemplo, compõe-se de populações de várias espécies de arbustos, árvores, pássaros, formigas, microorganismos etc., que convivem e se inter-relacionam.
Além de se inter-relacionar, os seres vivos de uma comunidade biológica, ou seja, os componentes bióticos da comunidade, interagem com os componentes não vivos 

Hábitat e nicho ecológico -



O ambiente em que vive determinada espécie ou comunidade, caracterizado por suas propriedades físicas e bióticas, é seu hábitat. Quando dizemos que certa espécie vive na praia e que outra vive na copa das árvores, estamos nos referindo aos hábitats dessas espécies.
Cada espécie de ser vivo está adaptada a seu hábitat. Essa adaptação refere-se a um conjunto de relações e de atividades características da espécie no local, desde os tipos de alimento utilizados até as condições de reprodução, tipo de moradia, hábitos, inimigos naturais, estratégias de sobrevivência etc. Esse conjunto de interações adaptativas da espécie constitui seu nicho ecológico.
A palavra "nicho" (do italiano antigo nicchio) significa, originalmente, uma cavidade ou vão na parede onde se coloca uma estátua ou imagem. Por extensão o termo "nicho" transmite a noção de um "ambiente restrito", que inspirou o conceito de nicho ecológico, desenvolvido em 1927 pelo zoólogo inglês Charles Sutherland Elton (1900~1991). Elton definiu nicho ecológico nos seguintes termos: "é o conjunto de relações e atividades próprias de uma espécie, ou seja, o modo de vida único e particular que cada espécie explora no hábitat".
do ambiente, denominados componentes abióticos. Estes compreendem aspectos físicos e geoquímicos do meio, constituindo o biótopo (do grego bios, vida, e topos, lugar), termo que significa "região ambiental em que vive a biocenose". No exemplo da floresta, o biótopo é a área que contém o solo (com seus minerais e água) e a atmosfera (com seus gases, umidade, temperatura, grau de luminosidade etc.)

Ecossistema -



Conjunto de seres vivos e do meio ambiente em que eles vivem, e todas as interações desses organismos com o meio e entre si. São exemplos de ecossistema uma floresta, um rio, um lago ou um jardim. A própria camada ao redor da Terra onde vivem todos os organismos vivos, chamada de biosfera, é considerada por alguns cientistas um único e enorme ecossistema.
Os ecossistemas apresentam dois componentes básicos: as comunidades vivas (biótico) e os elementos físicos e químicos do meio (abiótico). A parte biótica é formada por plantas, animais e microrganismos. A porção abiótica é o conjunto de nutrientes, água, ar, gases, energia e substâncias orgânicas e inorgânicas do meio ambiente. Os ecossistemas são subdivididos em pequenas unidades bióticas, conhecidas como comunidades biológicas. São compostas de duas ou mais populações de espécies interdependentes, como, por exemplo, o conjunto da flora e fauna de um lago. As grandes comunidades biológicas do planeta, como a floresta Amazônica e a tundra ártica, são também chamadas de biomas.


Cadeias e Teias Alimentares-



A cadeia alimentar é uma sequência de seres vivos que dependem uns dos outros para se alimentar. É a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de uma comunidade/ecossistema, iniciando-se nos produtores e passando para os consumidores (herbívoros, predadores) e decompositores, por esta ordem. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes, sempre no sentido dos produtores para os consumidores. A transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica dos cadáveres e excrementos em compostos mais simples, pelo que falamos de um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, diminuindo ao longo da cadeia alimentar (perde-se na forma de calor),não sendo reaproveitável. A Energia tem portanto um percurso acíclico. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia. 
Organismos autotrófos– São assim chamados todos os organismos que têm a capacidade de transformar a matéria inorgânica em matéria orgânica, normalmente, utilizando a luz solar e produzindo o oxigênio. Têm essa capacidade todos os fotossintetizantes e quimiossintetizantes (que ao invés da luz solar, utilizam substâncias químicas oxidadas).
Organismos heterótrofos – São assim considerados todos os organismos que não são capazes de produzir o seu próprio alimento, tendo assim, que utilizar a energia produzida pelos autótrofos ou mesmo por outros heterótrofos (dependendo de sua dieta).
Produtores – São sempre autótrofos, produzem alimento que será usado na cadeia, e por isso estão obrigatoriamente no início de qualquer cadeia alimentar. A energia transformada a partir da luz solar e do gás carbônico será repassada a todos os outros componentes restantes da cadeia ecológica. Os principais produtores conhecidos são plantas e algas microscópicas (fitoplâncton).
Consumidores – São os organismos que necessitam alimentar-se de outros organismos para obter a energia que eles não podem produzir para si próprios. Vão-se alimentar dos autótrofos e de outros heterótrofos podendo ser consumidores primários, consumidores secundários, consumidores terciários e assim por diante. Na alimentação, nem toda a energia obtida será integralmente usada, isto é, parte dessa energia não será absorvida e será eliminada com as fezes; outra parte será dissipada em forma de calor. Assim, grande parte da energia será “perdida” no decorrer de uma cadeia alimentar, diminuindo sempre a cada nível. Podemos, então, dizer que o fluxo de energia num ecossistema é unidirecional começando sempre com a luz solar incidindo sobre os produtores, e diminuindo a cada nível alimentar dos consumidores.
Decompositores – São organismos que atuam exatamente em papel contrário ao dos produtores. Eles transformam matéria orgânica em matéria inorgânica, reduzindo compostos complexos em moléculas simples, fazendo que estes compostos retornem ao solo para serem utilizados novamente por outro produtor, gerando uma nova cadeia alimentar. Os decompositores mais importantes são bactérias e fungos. Por se alimentarem de matéria em decomposição são considerados saprófitos.
O conjunto de uma série de ecossistemas é chamado de teia alimentar. Nesse caso, várias teias se entrelaçam, fazendo que as relações ecológicas sejam múltiplas e o alimento disponível possa ser utilizado por vários indivíduos, realmente compondo um ecossistema.
Teia alimentar é um conjunto de cadeias alimentares ligadas entre si, geralmente representado como um diagrama das relações tróficas (alimentares) entre os diversos organismos ou espécies de um ecossistema.
As teias alimentares, em comparação com as cadeias, apresentam situações mais perto da realidade, onde cada espécie se alimenta em vários níveis hierárquicos diferentes e produz uma complexa teia de interações alimentares. Todas as cadeias alimentares começam com um único organismo produtor, mas uma teia alimentar pode ter vários produtores. A complexidade de teias alimentares limita o número de níveis hierárquicos, assim como na cadeia.
As teias alimentares dão uma noção mais realista do que acontece nos diversos ecossistemas porque a relação entre dois organismos (o alimento e seu consumidor) não é sempre a mesma.
Os consumidores variam de alimento conforme sua disponibilidade no ambiente.

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Postagem: Taís Tavares
Escola Estadual de Ensino Médio e Profissionalizante 
Dr. Elpídio de Almeida- PRATA -3º C - Manhã
Professor: Fabrício Cavalcante
Postagens dos conteúdos vistos em sala!
Email: biologia3prata@gmail.com


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Postagem: Taís Tavares